Neste ano, o clima está no mínimo curioso. Teve-se, na região, chuvas torrenciais de novembro de 2015 a maio de 2016 em volumes vultuosos, aliado a uma inversão climatológica de se notar: um outono com cara de rigoroso inverno e agora, estamos no inverno com jeitão de outono. Mas, por que combinação de fatores está sob ponderação do Corpo de Bombeiros Militar?
A explicação é simples: as fortes chuvas primaveris e do verão, deixaram a vegetação no seu maior potencial de crescimento. O frio intenso do outono secou a vegetação. Agora, a baixa umidade e o tempo seco do inverno, favorece a formação de focos de incêndio em toda essa enorme biomassa, que junto aos ventos fortes, pode espalhar o fogo às proporções incontroláveis.
A nossa sorte é que os fundamentos da formação do fogo exigem a combinação de 03 (três) fatores: material combustível (biomassa), comburente (oxigênio) e agente ígneo. Na definição em dicionário, tem-se que ignição, dentre outras definições, é a ação de queimar; estado de substâncias em combustão! Ou seja, cabe a nós, a todos nós da população, EVITARMOS que as substâncias se queimem.
Poderia aqui descrever diversas razões das consequências danosas do incêndio florestal, mas pesquisas recentes demonstraram um dos principais desdobramentos negativos à coletividade humana que é afetada por um incêndio florestal em tempos de baixa umidade relativa do ar: a umidade já baixa, cai mais ainda, tornando o clima insuportável e afastando, por mais tempo ainda, a propensão climática local de formação de nuvens de chuva, já tão raras nessa época do ano.
Vale lembrar que dentre as informações sobre os aspectos ligados à influência dos vetores climáticos, que são conhecidas através dos levantamentos estatísticos disponíveis, podemos observar também que os incêndios florestais por causas naturais têm seu pico de intensidade nos horários compreendidos entre as 12h e 16h (radiação solar mais direta e intensa). Claro está que, o fator humano é uma faca de dois gumes, podendo a mesma população ser seu algoz ou seu paladino na questão do incêndio florestal.
Algoz quando a pessoa não observa o senso de responsabilidade que deve todo cidadão ter na prevenção do incêndio florestal. Assim, mesmo contra a vontade coletiva de respirar ar puro, ateia-se fogo para resolver questões pessoais.
Paladino quando, esta mesma pessoa, preza pelos seus semelhantes e exerce medidas preventivas contra o incêndio florestal, adotando aceiros, roçadas, limpezas de terrenos baldios, destinação adequada do lixo, denúncia anônima ao 193 de incêndios sabidamente intencionais.
No caso específico da atuação do Corpo de Bombeiros Militar, temos equipes de bombeiros militares de prontidão 24 horas, 7 dias por semana, nos 365 dias do ano. Estes profissionais, desde o atendimento 193 à atuação preventiva ou em resposta às situações de incêndios florestais estão orientados a exercer ações necessárias de combate aos incêndios e, em caso de identificação dos responsáveis, autuar os autores, encaminhando-os às demais autoridades competentes para que respondam por seus atos individuais considerados danosos à supremacia do interesse da maioria e da coletividade.
Observa-se que, no caso específico da poluição do ar no período de inverno, esta relação se torna mais forte em relação à concentração de poluentes, dada a maior estabilidade atmosférica característica desta estação. Assim, ao se coincidir com o período de maior incidência de incêndios florestais, a poluição atmosférica tende a agravar, razão pela qual o Corpo de Bombeiros Militar age em prol da população, na busca por amenizar os efeitos danosos dessa condição climática, principalmente às crianças e aos mais idosos.
Lembrem-se sempre dos velhos adágios populares: é melhor prevenir do que remediar e não adianta chorar pelo leite derramado.
Convém, juntos, Corpo de Bombeiros Militar e população, agir em prol da segurança coletiva de todos com campanhas e medidas preventivas para que se evite o incêndio florestal. Seguimos à disposição da população, via 193.