Em menos de três dias, o 3° Grupamento de Bombeiros Militar recebeu mais de quarenta solicitações de vistorias de insetos (abelhas, marimbondos e vespas), o grande volume de solicitações em um curto lapso de tempo chamou a atenção dos militares.
Os enxames estão espalhados em vários pontos da cidade, em residências, postes, árvores, escolas e etc., sendo esta grande demanda atípica, os militares do 3°GBM buscaram apoio e orientações especificas junto à Embrapa Pantanal.
“A gente conversou de maneira informal com alguns biólogos e perguntou o que poderia ser isso. Eles falaram que pode ser uma questão de cheia no Pantanal e as abelhas estão migrando para a cidade. Nós constatamos que todas as abelhas que estamos verificando são migratórias, estão em trânsito. Geralmente elas param em algum local, descansam, ficam um ou dois dias e vão embora, elas não formaram colmeia ainda, estão espalhadas pelas paredes”, explicou o tenente Shiroma, subcomandante do 3°GBM.
Vários fatores possibilitaram o trânsito migratório das colméias entre elas a cheia no Pantanal, já que elas procuram cavidades em formações rochosas, árvores etc. com a cheia elas iniciam o deslocamento. Outro fator seria que com a cheia e a floração da vegetação do perímetro urbano, elas com o frio intenso que assolou a região nos últimos dias, pode ter feito com que consumissem toda sua reserva de mel, própolis e demais alimentos da colônia.
De acordo com Vanderlei Donizeti Acássio dos Reis, pesquisador em apicultura da Embrapa Pantanal “Há uma atratividade muito grande mangueiras, primaveras e outras plantas estão florindo e as abelhas consumiram parte considerável de alimentos nesses dias, então, estão com muita vontade de coletar ou muita fome na colônia. “É uma necessidade biológica de suprir essa demanda nutricional, por isso, estão indo com muita intensidade nas plantas ou, quando não há essa possibilidade, estão abandonando esse local e fazendo processo de migração que a gente chama de enxameação”.
Como primeira atitude após visualizado a existência de abelhas no interior da casa ou na via publica, é ligar 193 e isolar o local, não permitindo que crianças e animais domésticos se aproximem, principalmente de manhã, quando elas estão mais agitadas.
Em todos os locais em que foi constatado o risco à população, os militares do 3° Gupamento de Bombeiros isolaram e orientaram caminhos alternativos já que o enxame poderia estar em transito, e no último caso, somente quando há relatos de ataque animais ou transeuntes é realizado o extermínio. O extermínio é realizado preferencialmente à noite, período em que o enxame se agrupa em torno da colmeia.
O que fazer e como evitar ataques de abelhas
-A primeira recomendação é correr para longe, se possível.
-Não gritar, elas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos
-Nunca tentar atingi-las com bastões, água ou qualquer outro meio, mesmo que a colméia seja pequena
-No caso de um ataque com poucas ferroadas, deve-se aplicar compressas frias com gelo ou analgésico.
-Quanto mais escura a sua roupa, tanto mais elas podem atacar. Cores escuras alvoroçam as abelhas, que só enxergam direito as cores mais escuras. É por esse motivo que a maioria dos macacões de apicultor são brancos ou claros, porque essas cores as acalmam.
-Quando as ferroadas são muitas, a vítima deve ser conduzida imediatamente ao hospital.