Campo Grande (MS) – O 1º Grupamento de Bombeiros Militar está ministrando, desde o dia 18 até o dia 21 de fevereiro de 2020, instrução de utilização da Maca à Vácuo, no tradicional Quartel da Costa e Silva.

A maca à vácuo foi inventada no final dos anos 60, sendo um dispositivo utilizado para transporte e imobilização de vítimas. Trata-se de um saco de polímero fechado preenchido com várias esferas de polietileno, uma válvula e bomba onde é possível encher e retirar o ar. Quando o ar dentro da maca à vácuo é retirado, a pressão atmosférica externa pressiona as esferas formando uma “cama rígida” modelada pelo contorno do corpo do paciente.

A maca à vácuo deverá ser utilizada em pacientes vítimas de trauma, onde após a avaliação da equipe de resgate tenha a necessidade de restringir o movimento da coluna, estáveis e com o tempo de transporte maior que 30min. O conforto causado pela maca à vácuo é infinitamente maior que a prancha rígida longa, e cada dia mais é apresentado estudos dos malefícios do uso indiscriminado da prancha rígida longa para o transporte de vítimas podendo causar dor, desconforto, alterações respiratórias e lesões por pressão.

O termo “imobilização da coluna está sendo trocado por “restrição” do movimento da coluna. Uma das principais literaturas utilizadas no ambiente de emergência intra-hospitalar fala que o mais rápido possível, deve-se retirar a prancha da vítima mesmo que tenha suspeita de lesão na coluna e a maca do hospital serve como restrição do movimento da coluna. As literaturas do pré-hospitalar vêm adotando a mesma conduta, apresentando as ferramentas para restringir o movimento da coluna e melhorando o atendimento e conforto para vítima de trauma.

A instrução, que têm como público alvo todo o efetivo operacional do 1ºGBM, está sendo ministrada pelo CB BM Leite, com a finalidade de atualizar e aprimorar as técnicas de Atendimento Pré-Hospitalar utilizadas pelos militares desta OBM, mantendo o auto padrão de serviço prestado à população.