Campo Grande (MS) – O estado de Mato Grosso do Sul enfrenta desafios significativos relacionados aos incêndios florestais e queimadas, cuja intensificação tem sido influenciada não apenas pelos fatores geográficos, mas também pelo fenômeno climático do El Niño. Desde dezembro de 2023, as condições meteorológicas, caracterizadas pela baixa precipitação, têm contribuído para o aumento dos focos de incêndio.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a cidade de Corumbá (MS) registrou a marca de 252 focos, posicionando o estado como o quinto no ranking nacional de incidência, ficando atrás apenas de Roraima, Mato Grosso, Pará e Bahia. Essas informações, consolidadas a partir do monitoramento de 48 municípios, são fornecidas por órgãos como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Neste cenário, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) assume um papel crucial: acompanhando e monitorando os focos, bem como realizando campanhas de conscientização. A corporação não apenas combate os incêndios, mas também orienta a sociedade sobre prevenção e cuidados com os recursos naturais.
A diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, tenente-coronel Tatiane Inoue, destaca a preocupação com o aumento dos incêndios, inclusive em períodos tradicionalmente chuvosos. A atuação dos bombeiros é intensa, com operações por terra e ar, incluindo o uso de aeronaves para combate em locais de difícil acesso. Tecnologias como drones e georreferenciamento têm se mostrado essenciais para um combate eficaz. A tenente-coronel ressalta ainda os investimentos em capacitação profissional, materiais e tecnologia, tornando Mato Grosso do Sul uma referência na proteção ambiental.

Apesar dos desafios, o estado preserva 25% de sua área total, abrangendo os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. De acordo com o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Pantanal destaca-se por sua riqueza biológica, com 93,7% das espécies consideradas “menos preocupantes” em termos de extinção.
Para controlar os incêndios florestais, o CBMMS utiliza a técnica de queimada controlada, uma estratégia eficaz no manejo dos recursos naturais, seguindo diretrizes legais e técnicas. Além de permitir a gestão adequada das áreas agrícolas, pastoris e florestais, contribui para a redução dos grandes incêndios e a limpeza controlada da vegetação. A preservação ambiental em Mato Grosso do Sul exige ações coordenadas entre instituições governamentais, sociedade civil e setor privado. Enquanto os desafios persistirem, o CBMMS continuará sua vigilância, protegendo os recursos naturais do estado para as futuras gerações.
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