No dia 19 de outubro foi comemorado o Dia do Profissional de Informática. Para celebrar a data, essa reportagem destaca o trabalho dos militares do Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso do Sul (CBMMS) que são verdadeiros heróis digitais e que atuando nos bastidores, asseguram que as operações de combate aos incêndios florestais sejam realizadas com a maior eficiência possível.
Com o aumento da frequência e intensidade dos incêndios florestais nos últimos anos, sobretudo no Pantanal, o CBMMS tem aprimorado ano a ano as estratégias e as técnicas de combate e, por isso, já é considerado referência no assunto. Mas para isso, além de contar com o esforço dos militares em campo e na parte administrativa, conta também com a atuação de vários profissionais de informática que, por trás das telas, realizam funções essenciais à Operação Pantanal.
Eles fazem parte da Diretoria de Telemática e Estatística (DTEL) do Corpo de Bombeiros e auxiliam nas ações de tecnologia da informação, atuando não só no suporte a todas as unidades do Corpo de Bombeiros distribuídas pelo Estado, como também, desempenhando um papel fundamental no combate aos incêndios florestais por meio do aprimoramento de ferramentas, sistemas digitais, utilização de tecnologia e dados para aperfeiçoar as ações que salvam vidas.

Tela de monitoramento do Sistema SCI instalado no município de Corumbá.
Isso acontece porque a DTEL é responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) dentro da plataforma Tecnologia Avançada de Recursos e Serviços (TARS). O Sistema SCI foi projetado para gerenciar de forma eficiente os recursos de operações de qualquer natureza, com destaque para as operações de combate a incêndios florestais.
Em 2024, o sistema passou por uma significativa reformulação para atender às necessidades da Operação Pantanal. Além de gerenciar pessoas, materiais, viaturas, embarcações e aeronaves envolvidas na operação, o Sistema SCI passou a permitir o georreferenciamento desses recursos. Com isso, a visualização em tempo real das bases avançadas do Corpo de Bombeiros, das guarnições e dos focos de calor no mapa proporciona uma vantagem estratégica crucial, auxiliando diretamente o comando na tomada de decisões.
O 1º Tenente Imai, responsável pelo sistema, destaca a importância do diálogo contínuo com a equipe da operação para promover melhorias constantes na aplicação. “Nas operações de combate a incêndios florestais, onde há uma constante rotatividade de militares, é essencial contar com uma ferramenta que centralize todas as informações da operação, garantindo a continuidade do trabalho sem perda de dados”, explica.

1º Tenente Imai, à esquerda, na Sala de Situação do SCI, em Campo Grande.
Nos primeiros 200 dias da Operação Pantanal, completados em 18 de outubro, o Sistema SCI foi fundamental para o gerenciamento de 2.140 pessoas – incluindo militares do CBMMS e civis -, 2.802 materiais e 173 viaturas.
O sistema pode ser acessado tanto pela plataforma TARS quanto diretamente pelo endereço https://sci.bombeiros.ms.gov.br, sendo aberto ao público e disponível para consulta por qualquer cidadão. “Nosso objetivo ao desenvolver essa ferramenta é não apenas auxiliar o comando da operação, mas também garantir que as informações estejam acessíveis à população. O trabalho realizado pelo CBMMS é vital, e é importante que a sociedade possa acompanhar e valorizar esse esforço”, completa.
Desde 2019 o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul é integrado por seis militares que fazem parte do quadro de oficiais especialistas e que são formados em análise de sistemas, ciência da computação e engenharia da computação. Junto com os demais profissionais de informática que integram a Corporação, eles são os responsáveis por garantir que durante a Operação Pantanal todas as plataformas de comunicação estejam funcionando perfeitamente.
A contribuição desses profissionais é vital para a proteção do Bioma Pantanal, da fauna, da flora e, acima de tudo, das vidas humanas. Em um mundo onde a tecnologia se torna cada vez mais indispensável, o papel desses especialistas só tende a crescer, mostrando que, na luta contra os incêndios, a união entre homem e máquina é vital.
Assessoria de Comunicação
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