Campo Grande (MS) – Cadetes do segundo ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO) do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) visitaram, na última terça-feira (03) o Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos “Florivaldo Vargas” (ISMAC). Na ocasião eles realizaram uma ação inédita de orientação e prevenção para garantir um atendimento adequado a pessoas com deficiência visual durante as ocorrências.
A ação faz parte da disciplina de Psicologia das Emergências, que estuda o comportamento humano e tem como objetivo preparar os bombeiros militares para atuarem em situações de desastres e catástrofes, com foco desde a prevenção até o pós-trauma.
Durante a visita os cadetes conheceram de perto a realidade das pessoas com deficiência visual e realizaram uma atividade que proporcionou ao público do instituto uma experiência inovadora, demonstrando o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Coordenados pelo Tenente Max Sousa Tosta, instrutor da matéria e autor da iniciativa, os cadetes organizaram uma exposição com os principais materiais utilizados em ocorrências envolvendo incêndio, salvamento em altura e salvamento aquático, possibilitando o reconhecimento tátil dos objetos pelas pessoas com deficiência visual.
Os atendidos puderam colocar ainda a máscara facial de proteção respiratória empregada durante o combate a incêndio, manusearam a mangueira de combate a incêndio, sentiram o peso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e do Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR) e conheceram a Unidade de Resgate, entre outras experiências.

O Tenente Max destacou a importância da instrução em ambiente controlado e da troca de experiências entre os cadetes e as pessoas com deficiência visual.
“Essa foi a primeira vez que realizamos esse tipo de ação. E isso é importante porque em grande ou em pequenos desastres é necessário saber identificar e atender os grupos vulneráveis. O Instituto é um ambiente controlado, com profissionais que já atuam com pessoas com deficiência visual e que nos orientaram e passaram dicas muito importantes. Durante a visita tivemos a oportunidade também de ter contato com pessoas desse grupo vulnerável, que recebem atendimento no instituto. Foi uma troca de experiência positiva, em que mostramos como é o atendimento do bombeiro e eles nos explicaram quais são as principais necessidades das pessoas com deficiência”, disse ele.
Felipe Luiz da Silva Oliveira, Assistente Social do Instituto Florivaldo Vargas, falou da importância de ações como essa para garantir mais segurança às pessoas com deficiência visual que precisam do atendimento do Corpo de Bombeiros.

“É uma experiência muito rica ter o Corpo de Bombeiros aqui conosco, trazendo essa vivência prática para os nossos atendidos, das realidades do dia a dia, dos equipamentos que são utilizados, mostrando para eles que temos um Corpo de Bombeiros que é atuante e que eles, se um dia precisarem, estarão seguros e com uma equipe altamente capacitada e treinada. Fica o nosso agradecimento. Foi uma experiência inovadora e espero que essa parceria possa continuar”, ressaltou.
Os cadetes também receberam orientações sobre os diferentes graus de deficiência visual e o tipo de bengala indicada para cada uma delas.
A bengala branca é utilizada por pessoas que apresentam ausência total da visão. Já a bengala verde é usada por quem possui baixa visão ou visão subnormal. A bengala vermelha e branca é utilizada por pessoas com surdocegueira, que, em diferentes graus, têm a audição e a visão comprometidas.

O Instituto
Fundado há 67 anos, o ISMAC realiza em Mato Grosso do Sul um trabalho voltado à saúde e reabilitação das pessoas cegas ou com baixa visão, com ou sem outas doenças associadas. A entidade atender mensalmente cerca de 400 pessoas da Capital e do interior do Estado.
“Oferecemos diversos atendimentos na área da saúde, da psicologia, orientação e mobilidade, atividade da vida autônoma, temos uma gráfica que atende braile e áudio descrição, oferecemos serviço social e temos atividades do paradesporto, que trabalha a questão de golbol, que é o futebol de cegos, e o judô. Temos atletas inclusive paralímpicos medalhistas ao logos desses anos. Oferecemos também atividades de educação física adaptadas”, esclarece Felipe.

Ainda segundo ele, o Instituto também oferece para os atendidos aulas do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) e do Ensino de Jovens Adultos (EJA) nos anos iniciais.
Os atendimentos são realizados mediante encaminhamento e as vagas são reguladas pelo Sistema Único de Saúde).
Para tirar dúvidas sobre o instituto e os serviços oferecidos, os interessados podem entrar em contato por meio do Instagram (@institutosulmatogrossensecegos) ou pelo telefone (67) 3325-0997.
Assessoria de Comunicação
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