Corpo de Bombeiros Militar de Campo Grande (MS)-(Comando Geral) – A quantidade de queimadas em Mato Grosso do Sul entre 1º de janeiro e 17 de agosto deste ano aumentou 73,7% em relação ao mesmo período de 2014. Só em Campo Grande, o Corpo de Bombeiros recebe uma média de 30 solicitações diárias para atendimento de ocorrências envolvendo focos de incêndio em vegetações, terrenos baldios e pastagens. Para coibir as queimadas comuns em época de estiagem e evitar acidentes, a Corporação aumentou em 75% o efetivo operacional de combate a incêndio.
Em julho, quando teve início a estiagem no Estado, o Comando-Geral do Corpo de Bombeiros emitiu uma normativa autorizando os comandantes de Unidades Bombeiro Militar remanejar militares do administrativo para o operacional, formando os Grupamentos de Combate a Incêndio Florestal (GCIF). Na Capital, os quartéis do Parque dos Poderes e da Avenida Costa e Silva formaram novas equipes, o que aumentou em 75% a quantidade de militares no operacional. O reforço chegará a 100% quando o Comando-Geral redistribuir os militares.
Dados do Sistema Integrado de Gestão Operacional (SIGO), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), revelam que o Corpo de Bombeiros do Estado atendeu 1.152 ocorrências de incêndios em áreas verdes de 1º de janeiro até 17 de agosto de 2015. No mesmo período do ano passado, os atendimentos somaram 663 casos. O aumento é de 73,7%, sendo que as ocorrências atendidas de janeiro a primeira quinzena de agosto desse ano (1.152) já ultrapassam as registradas em todo o ano de 2014 (1.044).
Em Campo Grande e nos 11 municípios atendidos pelo Corpo de Bombeiros Militar da Capital, o Comando Metropolitano dos Bombeiros (CMB) atendeu 424 ocorrências de incêndios entre 1º de janeiro e 17 de agosto de 2015. Nas outras 67 cidades, no mesmo período, o Comando dos Bombeiros do Interior (CBI) registrou 232. Em 2014, também entre 1º de janeiro e 17 de agosto, o CMB atendeu 424 ocorrências de incêndio e o CBI, 728.
Causa
O fogo provocado pelas pessoas é a causa mais frequente dos focos de incêndio em vegetações, terrenos baldios e pastagens. Comumente, a população utiliza o fogo para limpeza de terrenos. Como agravante, em muitos casos, o incêndio é usado por aqueles que têm interesse em limpar determinada área para construir ou evitar multas.
O farto que muitos desconhecem é que incendiar terrenos baldios e pastagens é crime, conforme a Lei Federal 9.605/98. Quem for pego colocando fogo pode ser preso por até quatro anos, além de pagar multa. A população pode denunciar à polícia quem ateia fogo na vegetação. O Corpo de Bombeiro deve ser acionado pelo telefone 193 para acabar com as chamas.
Cuidados
Em tempos de estiagem, o calor extremo e baixa umidade relativa do ar contribuem para aumentar a quantidade de incêndio em vegetações, terrenos baldios e pastagens. Entretanto, as queimadas podem ser evitadas com pequenas atitudes diárias. Como medida preventiva aos incêndios, o Corpo de Bombeiros militar faz algumas recomendações. Confira:
– Não lançar pontas de cigarro pela janela do veículo quando trafegar por rodovias, pois a vegetação seca pega fogo com muita facilidade com a baixa umidade do período de estiagem;
– Capinar terrenos sem uso do fogo;
– Reduzir o uso de embalagens de produtos diversos, diminuindo a quantidade de lixo na natureza;
– Ao realizar acampamentos, ser bastante cuidadoso na hora de acender fogueiras, velas e lampiões. Só acender fogueiras após limpar bem o local, retirando completamente a vegetação em volta. Procurar fazer fogueira em local aberto, como, por exemplo, numa clareira ou à beira do rio, para que o fogo não prejudique os galhos e folhas das árvores que estejam em volta ou acima dela. Quando não for mais utilizar a fogueira, certificar-se que as brasas estão apagadas e resfriadas. Se possível, enterrar o as sobras de material (carvão, brasas e cinza). Não jogar os restos da fogueira no rio. Nunca se ausentar do acampamento deixando para trás a fogueira acessa ou com torrões em brasa;
– Não jogar lixo pelas ruas e terrenos. As latas de metal, os cacos e garrafas de vidro podem se aquecer ao sol e acabar dando origem às queimadas;
– Não soltar balões, pois além de ser perigoso é crime, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98). O balão pode cair aceso em florestas, residências e indústrias, produzindo grandes prejuízos patrimoniais, ameaça ao nosso meio ambiente e até mesmo colocando a integridade física e a vida das pessoas em risco;
– Nos casos em que não seja possível evitar o surgimento do fogo, um combate especializado será necessário no local. Neste caso, aquele que presenciá-lo, deve acionar o Corpo de Bombeiros Militar pelo fone 193, permanecer calmo e identificar-se, informando o endereço correto e pelo menos um ponto de referência aguardando na linha até que todas as informações sejam registradas.
Fonte: Site Noticias MS