Campo Grande (MS) – A proliferação do mosquito ‘Aedes aegypti’ dentro das residências é uma preocupação crescente em Mato Grosso do Sul. Com 80% dos focos de reprodução do mosquito identificados em ambientes domiciliares, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta para o aumento dos casos de doenças transmitidas por esse vetor na região.
Até o momento, mais de 2 mil casos de dengue foram notificados no estado, com mais de 300 casos confirmados e uma morte em investigação. Além disso, há 652 casos prováveis de chikungunya, com 27 confirmações. Esses dados alarmantes foram divulgados no boletim epidemiológico, com informações coletadas até a quinta semana deste ano.
Mauro Lúcio Rosário, coordenador estadual de controle de vetores da SES, ressalta a importância da conscientização da população sobre a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito em suas residências. Locais como caixas d’água, calhas, recipientes, e acúmulos de lixo doméstico são propícios para a reprodução do Aedes aegypti e devem ser verificados regularmente.
Para combater essa ameaça à saúde pública, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil convocou uma reunião com representantes de órgãos estaduais e instituições parceiras. O objetivo é divulgar o estado de alerta e incentivar visitas domiciliares para eliminar os focos de proliferação do mosquito.
Enquanto estados vizinhos como Goiás, Minas Gerais, Acre e Distrito Federal decretaram situação de emergência, a SES enfatiza a importância da prevenção individual. A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, destaca que a limpeza regular dos terrenos e residências é fundamental para evitar um agravamento da situação.
É crucial entender que a eliminação dos focos do mosquito precisa ser uma prática diária, uma vez que o ciclo de reprodução do Aedes aegypti é rápido, durando aproximadamente oito dias. Com seis municípios do estado registrando alta incidência da presença do mosquito, o risco de surtos e casos graves das doenças transmitidas por ele aumenta consideravelmente.
A SES mantém um Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, que oferece suporte técnico e orientações 24 horas por dia. Larissa Castilho de Arruda, superintendente de Vigilância em Saúde da SES, ressalta a importância do acesso a informações e orientações para o manejo adequado dos casos suspeitos e a notificação correta das doenças.
O Brasil já registrou mais de 392.724 casos prováveis de dengue somente neste ano, com 54 mortes confirmadas e 273 óbitos sob investigação. Minas Gerais é o estado com maior número de diagnósticos da arbovirose, seguido por São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro. A prevenção e o combate ao mosquito são essenciais para conter o avanço dessas doenças e proteger a saúde da população.
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