Campo Grande (MS) – A Operação Pantanal 2024, que se encontra em seu 212º dia de ações estratégicas, mobilizou, de abril até hoje (30), outubro, mais de 2.184 pessoas de diversas forças, além de 1.489 bombeiros militares do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (CBMMS). Durante a operação, foram realizadas 842 ações de combate e 600 de prevenção, com o objetivo de combater, controlar e monitorar as constantes ameaças de incêndios florestais na região pantaneira, intensificadas pelas condições climáticas adversas, como altas temperaturas e variações nos ventos.
O planejamento é uma etapa crucial da operação, sendo essencial para garantir a prontidão e a capacidade de resposta rápida das equipes. Esse processo considera diversas questões, como o que se deseja alcançar, as razões por trás dos objetivos, as estratégias de ação, os recursos necessários, os potenciais riscos e as formas de avaliar a eficácia das ações.

Portanto, o planejamento não apenas estabelece uma direção, mas também organiza a execução de maneira a otimizar recursos e aprimorar a eficiência técnico-operacional. Além disso, a organização dentro da Operação Pantanal é estruturada para assegurar rapidez e eficácia nas operações. Para isso, a organização das Guarnições de Combate a Incêndios Florestais é feita por meio de ciclos.
A cada 15 dias, ocorre a troca das equipes, de modo que as ações operacionais sejam realizadas com qualidade, sem sobrecarregar o efetivo. Neste momento, a operação encontra-se no ciclo 11, no qual a troca envolve aproximadamente 146 bombeiros militares. Atualmente, esses 146 bombeiros militares do CBMMS estão distribuídos em diferentes localidades do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo 90 atuando em campo, 52 nas diversas funções do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e 4 integrantes do Grupamento de Operações Aéreas (GOA).
A operação contou com o apoio de 79 militares da Força Nacional de Segurança Pública, no entanto, hoje (30), a Força Nacional foi desmobilizada em Corumbá.

Ainda há a participação de militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Para complementar o reforço, a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (PMMS), agentes do IBAMA, ICMBio, brigadistas do PrevFogo e a Polícia Federal (PF) também estão envolvidos no combate aos incêndios. Essa colaboração multidisciplinar e interinstitucional tem sido primordial para enfrentar e controlar os incêndios na região do Pantanal.

Crédito da foto: Cabo Paulon
O trabalho nas operações envolve a definição clara de responsabilidades, promovendo a coordenação entre as equipes em campo e as unidades de apoio. Essa organização se reflete na capacidade de mobilização das forças, onde cada membro possui funções bem definidas dentro do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), permitindo que as ações sejam realizadas de forma fluida e coordenada.
Por outro lado, o trabalho desempenhado pela logística tem um papel fundamental na execução das ações de combate. Com uma frota composta por 4 aeronaves e diversos veículos, como caminhões de combate a incêndio e embarcações, a logística assegura que as equipes tenham os recursos necessários para atuar em áreas de difícil acesso. Por exemplo, um deslocamento da Serra do Amolar ao Redário, realizado via fluvial, pode levar até 10 horas e consumir 1.200 litros de combustível, evidenciando os desafios enfrentados pelas equipes.
Crédito do vídeo: Cabo Paulon / Cabo Romayke
Os bastidores da Operação Pantanal 2024 revelam a complexidade e a importância do planejamento, organização e logística no combate aos incêndios florestais.
As ações desempenhadas pelos bombeiros militares demonstram não apenas o comprometimento das equipes, mas também a necessidade de uma gestão eficiente para enfrentar os desafios impostos pela natureza e proteger o bioma pantaneiro.

Bombeiros Militares abastecendo para troca de guarnição na região da Serra do Amolar e do Redário – Crédito da foto: Cabo Paulon
Para se ter uma ideia, atualmente, a frota mobilizada é composta por 4 aeronaves prontas para o emprego, incluindo 1 helicóptero Pantera 33 do Exército Brasileiro, 1 helicóptero Black Hawk da Força Aérea Brasileira, 1 helicóptero da Marinha do Brasil e 1 AirTractor do CBMMS. Além disso, há 1 veículo administrativo, 11 caminhões de combate a incêndio, 3 embarcações, 25 caminhonetes do CBMMS e caminhonetes da Força Nacional de Segurança Pública. Os veículos estão equipados com kits pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual, garantindo a eficácia e segurança das operações.

Crédito da foto: Cabo Paulon
Com um número significativo de profissionais e recursos mobilizados, a Operação Pantanal 2024 não apenas busca controlar e mitigar as ameaças às florestas pantaneiras, mas também serve como um modelo de eficiência na gestão de crises ambientais. A experiência adquirida ao longo desses 212 dias de ações intensivas tem possibilitado aprimorar as futuras operações e reforçar a importância da proteção do nosso patrimônio natural.

A dedicação e o esforço conjunto das diversas forças envolvidas demonstram um sólido compromisso com a preservação do Pantanal, um bioma essencial não apenas para a sociedade sul-mato-grossense, mas para todo o Brasil.
Assessoria de Comunicação
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