Campo Grande, MS – Nesta quinta-feira (26), representantes dos institutos SOS Pantanal, Taquari Vivo e membros da Aliança 5P (pantanal, preservação, parcerias, pecuária e produtividade), realizaram uma visita na Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) da Operação Pantanal, em Campo Grande, e puderam acompanhar presencialmente o trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios florestais, sobretudo no Pantanal.
Durante a visita, o grupo conheceu o passo a passo da operação, desde a identificação dos focos de incêndio por meio do sistema de monitoramento, até o trabalho de combate direto, realizado pelas equipes em campo.
A visita foi acompanhada pelo Subcomandante-Geral do Corpo de Bombeiros e coordenador geral da Operação Pantanal, Coronel Adriano Noleto Rampazo, e o objetivo é o fortalecimento das estratégias conjuntas entre a Corporação, as ONGs e os proprietários rurais nas ações de prevenção e contenção dos incêndios que afetam a região a partir da criação de um grupo de trabalho.
A ideia surgiu durante um primeiro encontro, realizado também nesta quinta-feira, ocasião em que o Subcomandante-geral esteve na sede da empresa Suzano, no município de Ribas do Rio Pardo. A empresa, considerada a maior fabricante de celulose do mundo, implantou um centro de monitoramento de incêndios e investiu no treinamento de brigadas de incêndios como forma de prevenção e resposta rápida em caso de surgimento de focos em suas dependências.
A partir das visitas e da troca de experiências, a criação do grupo de trabalho deve ser concretizada como forma de aperfeiçoar as ações de combate e o enfrentamento aos desafios impostos pelas queimadas.
“A parceria com as ONGs e com todos esses atores que atuam em defesa do Pantanal é fundamental para potencializar as ações de prevenção e combate a incêndios. O grupo de trabalho contará com a participação do Corpo de Bombeiros, da empresa Suzano, da Aliança 5P, SOS Pantanal e Instituto Taquari Vivo com o intuito de criar um projeto piloto de monitoramento, um projeto preventivo para o combate a incêndios na região pantaneira. Recebemos esse grupo aqui hoje, no nosso SCI, para mostrar como o Corpo de Bombeiros atua e como pode colaborar com essa importante iniciativa”, explicou Coronel Rampazo.
A Operação Pantanal, que este ano enfrenta desafios significativos devido às condições climáticas e à biodiversidade da região, busca ampliar sua atuação por meio da abordagem de diferentes estratégias, como a tecnologia de ponta utilizada para monitorar as regiões e as bases avançadas instaladas em diferentes locais, posicionando as equipes mais próximas às áreas críticas, o que garantiu neste ano respostas mais rápidas no combate aos focos.
Experiências positivas como essas e que foram implantadas pelo CBMMS, também foram compartilhadas com os visitantes e devem ser mantidas nas ações dos próximos anos, além de auxiliar o planejamento do grupo de trabalho.
“Vamos ter que ter criatividade para conseguir montar um sistema de controle com os recursos que nós temos e esse encontro de hoje foi muito produtivo, assim como a criação desse grupo será importante. Temos que melhorar o primeiro combate com as brigadas de incêndio das fazendas e acho que isso vai fazer a diferença”, afirmou a produtora rural e integrante da Aliança 5P, Teresa Bracher. O grupo é formado por empresários e proprietários rurais que atuam de forma independente em ações de preservação do Pantanal.
Já a presidente do Grupo Aliança 5P, Camilla Schweizer, que é chefe de brigada em sua propriedade rural, destacou a importância de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar os incêndios. “Essa conexão é super importante e a prevenção é a chave para melhorar essa situação, assim como a capacitação de pessoas. Importante também é o Corpo de Bombeiros visitar essas áreas quando não há incêndios para ouvir a experiência dos pantaneiros e repassar também conhecimento. Acredito que com essa troca de experiências, o combate será mais efetivo”, sugeriu.
Também participaram da visita ao SCI o Diretor de Comunicação do Instituto SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa, o diretor executivo do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe, e o produtor rural Roberto Klabin.
Assessoria de Comunicação
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